Realidades (sempre) Paralelas
14:00 – Arena Sesi. Zona Sul.
Exatamente nesse momento eu entregava o último colete da minha equipe a Juliano P., dizia a Dudinha Rick que este iniciaria no banco (retaliação por suas faltas para com a equipe) e iniciava assim a partida contra a equipe de Henry, Tchutchuca e Rafa.
14:00 – Algum lugar de Canoas.
R. Saja passeava com sua namorada em uma agradável tarde de sol entre beijinhos e abraços.
14:00 – Casa da minha sogra (eu espero!)
Minha senhora inicia o extenuante processo de feitura de unhas de mãos e pés.
14:30 –Arena Sesi. Zona Sul.
Minha equipe sendo triturada em quadra. Os adversários voavam. Gustavo fazia o que queria com nossa meia cancha. Henry fazia chorar nossa zaga e Rafa dava risada de nosso ataque (de asma). E nesse momento eu deixo a quadra no rodízio da rapaziada.
14:30 – Algum lugar de Canoas.
A paixão está em campo… R. Saja e seu amor tomam chimarrão enquanto conversam sobre assuntos do cotidiano. Talvez o casal Nardoni esteja em pauta, ou a queda de rendimento do Internacional.
14:30 – Casa da minha Sogra (tomara!)
Minha amada patroa discute entusiasticamente (quem a conhece sabe que ela é sempre entusiástica nessas situações) com minha sogra a pena do casal Nardoni.
14:45 – Arena Sesi. Zona Sul.
Já no final da partida o placar marca 2 gols a menos para nossa equipe. Volto à quadra para a saída do tão adorado Ronaldo Bebê. 4 minutos depois (e dois gols meus) estamos vencendo a partida.
14:45 – Algum lugar de Canoas.
R.Saja suspira amor. Transpira amor. Vive o amor.
14:45 – Casa da minha sogra (se Deus quiser)
A patroa desfruta de um café da tarde regado a salgadinhos do Zaffari e chocolates da Lacta.
15:05 – Arena Sesi. Zona Sul.
Agora entendo o que esse moço sentiu:
Sou apedrejado depois da partida. Ganhamos o jogo, mas fui vaiado e perdi totalmente minha moral. Até mesmo o goleirinho novo que arrumamos (que nem viu a bola em um dos gols que guardei) veio me gozar, dizendo que finalmente eu havia ganho uma partida. Vencemos. Sem glória! Fomos o Grêmio contra o Ypiranga de Erechim. Apenas vencemos. Não convencemos ninguém! Um anônimo (disse não poder ser citado na mídia por estar ilegal assistindo à partida) disferiu contra nós: “- Bah Pumba, hoje tá feio demais esse jogo! Aliás, quem é aquele grandão ali que te deu um ferro antes? Ele me cumprimentou, mas não lembro de onde eu conheço…”
15:05 – Algum lugar de Canoas.
R. Saja é o homem mais feliz do mundo. Um amor faz isso por um cara.
15:05 Casa da minha sogra (tenho certeza!!!!)
A patroa brinca com seu afilhadinho Léo.
Agora senhores! Faço dois questionamentos!
Nº 1: Qual destas três situações é mais prazerosa?
- Jogar futebol com a galera, fazer o possível e impossível pela equipe e depois ser apedrejado por companheiros e adversários?
- Sair com sua Gata para um passeio cheio de amor, carinho, afeição, risadas soltas, beijinhos e até mesmo, quem sabe, umas cositas más?
- Uma tarde gostosa com sua família, cercada por aqueles que o amam, cheio de discussões produtivas e petiscos deliciosos?
Nº 2: O que poderíamos dizer sobre nosso amigo R.Saja? Ele que nos deixou por um amor! Ele que nos trocou por uma garota! Ele, que foi feliz com o amor, ao invés de ir àquele incrível jogo de futebol! O que dizemos?
- Vai te catar R. Saja! Todos estamos sofrendo lá! Soframos juntos?
Ou então…
- É isso ae R.Saja! Siga teu coração! O amor ainda é mais importante!
Pois eu sou o primeiro a deixar resposta!
1 – Apesar de todos reclamarem sempre quando venço, gosto de jogar aquele futebol terrível!
2 – R.Saja. Vai te catar!