Filosofias Salgadas

Devaneios, loucuras, filosofias, chinelagens, lariras, badernas, balbúrdias e tudo mais que o povo gosta, mas sempre usando a cabeça, por que aqui ninguém usa chapéu!

domingo, 31 de maio de 2009

O maior Corno da História!

-"Pô Maria, assim não dá... Libera ae!"
-"Não Zé, já falei! Só depois do casamento!"
E o cara ficou na mão de novo. Ele e a Maria viviam em um tempo em que o sexo era uma coisa sagrada, tão sagrada que a Maria só iria fazer amor com o Zé se esse fizesse sua grande vontade... casar! Antes disso não. Definitivamente não.
Mas ela tentava o coitado do Zé. Fazia carícias, deixava que a tocasse, dizia coisinhas ao pé de seu ouvido, sabe? Essas coisas que a mulher faz...
O Zé era um homem de bem, carpinteiro (naquela época um belo emprego), de família bacana, tinha sua casa, seu cavalo, suas ferramentas e algum respeito dentro da sociedade de "Jerú" (era o apelido carinhoso de sua cidade), além disso ele amava a "Mariazinha". Mas ele queria se casar em maio! Tinha colocado isso na cabeça. "Só vou me casar em maio", dizia à Maria quando essa falava do maldito casamento. Não sei bem o motivo, acho que era pra dar sorte, ou pra deixar algum Deus feliz (sabe como era esse negócio de religião politeísta), bom não importa o negócio era esse, só casaria em maio e ponto final.
Até que um dia a tal da Maria apareceu com uma barriguinha, nada de mais, uma saliência, um quase nada, uma pancinha de cerveja, diría-se hoje em dia, o Zé não deu bola, achou normal. Mas a barriguinha foi crescendo, crescendo e crescendo, até que ele percebeu, havia sido traído por Maria! Ele sabia! Havia mesmo! E ele sabia com quem. Com aquele maldito, sem vergonha, vagabundo do Malaquias.
O Malaquias era um soldado do exército Romano que vigiava a vila próxima à casa de José, um moreno alto, forte, de ombros largos e cara de brabo, vivia olhando para Maria e até tentou desposá-la antes de José iniciar a corte com ela, mas essa não o quis pois sabe como é, entre um soldadinho e um carpinteiro, com certeza o carpinteiro daria uma vida muito mais fácil para a esposa. Nada que impedisse o soldado de olhá-la com um olhar sedutor, aquele de quem diz "quando eu te pegar...".


A Maria quando perguntada se estava grávida contava uma história maluca de que um tal espírito Santo havia sido gerado em seu ventre. Uma coisa tão maluca que o Zé se enfurecia cada vez que escutava.

-"Tu acha que eu sou otário Maria?! Só se tu anda chamando o canalha do Malaquias de Espírito Santo! Foi ele! Eu sei que foi!"

-"Ai Zé, não fala assim, eu jamais te trairia, ainda mais com o "Mala", tu sabe que eu não sou dessas de furnicar antes do casamento!"

-"Como não é? E essa barriga aí?"

-"Já falei, foi o Espí..."

-"Puuuta pariu, vem ela com essa bosta de história de novo! Quem tu acha que vai engolir esse teu migué hein!? Se eu saio na rua por aí dizendo que um Espírito Santo engravidou a minha patroa todo mundo vai me chama de corno manso! Já pensou? Eu chego lá na venda do Manuelias distribuindo charutos e dizendo que a minha mulher tá grávida mas não fui eu quem fiz o serviço, os caras do futebol vão me apedrejar, e tu sabe, apedrejam o pessoal por qualquer coisa hoje em dia."

-"Mas Zé, tu sabe que eu te amo, jamais te trairia!"

-"Ah é? me ama mas pra mim não sai coisinha, agora pro vadio do Malaquias sai!"

-"Ai Zézinho, não fica brabo, vem cá pra tua Mariazinha te fazer um carinho vem..."

Ela sabia como amansar a fera, um chameguinho na orelha, um cafuné no pescoço e o tal do Zé ficava parecendo um gatinho, só faltava ronronar. Ela sabia que podia fazer qualquer coisa quando ele tava assim, era o seu gatinho, seu servo, faria tudo para tê-la e ela usava isso, ahh usava, e usaria agora em um momento crucial.


Bom, chegamos assim ao cume da história: O Zé sabia que fôra traído e a Maria dizia que não, que tinha sido o tal do Espírito Santo, e agora Zé???

Ele a amava. Amava muito! E por isso, só por isso não a deixava grávida a "Zeus" dará. Mas o que faria, tchê? Não tinha muita opção, ou assumia o chifre, ou tentava passar essa história do Espírito Santo nos outros. Sabe que agora, de cabeça fria a tal história até que fazia algum sentido... Se ele conseguisse cativar a rapaziada talvez alguém engulisse esse papo, e sabe como é, se o boato se espalha todo mundo começa a acreditar. Então seria isso! Estava decidido a ser o pai do filho do Espírito Santo!

-"Tá Maria... vamos contar essa tua lorota pro pessoal. Mas tu vê lá hein!? Se eu sonhar que tu anda te liberando pro salafrário do Malaquias eu te mato!

-"Ai que bom Zézinho, eu sabia que tu ia entender! Foi um momento de fraquesa meu, eu tava muito solitária! Tu só quer ganhar dinheiro e pra mim sobra muito pouco tempo, nesse casarão sozinha...!"

-"Tá, tá, mas não quero nunca mais ouvir isso do Malaquias, entendeu? Um pacto! Faremos um pacto, vamos segurar essa história pra sempre! Nem que a gente tenha que dizer que o guri é o novo Messias! Nem que eu funde uma religião!!!"

-"Claro amor, não precisa se preocupar, o Mala também já me disse que não quer o filho."

-" Tu anda falando com ele ainda Maria????"

-"Não, não, é que... é que... ele me disse isso faz anos, que não queria criança pra incomodar ele, por isso eu prefiri a ti! Um homem de verdade!

-"Ahh bom, assim sim!"

Era macho esse José!
E assim iniciou a história de um dos maiores cornos da história.

Depois disso o Zé foi à venda do Manuelias e contou a história fantasiosa aos olhos curiosos e discrentes dos amigos.

Mas ele era tão convincente, tão crente, tão otário quando contava o fato, que os outros pensavam,
"Cara! Não pode! o cara tomou um chifrasso e tá faceirinho!" e o outro respondia, "Será tchê? bah se fosse um chifre ele ia matar ela, apedrejar, sei lá, olha, esse guri deve ser o filho do tal Deus esse mesmo". Assim foi em "Jerú".

E daí pro mundo foi um pulinho!




domingo, 24 de maio de 2009

Sempre tem um Zé!

Noite de sábado, jogo do Inter, Quintão...

Estávamos eu e minha negra no conhecidíssimo, maravilhoso, renomado, fenomenal Rei do Xis assistindo à partida da Máquina Vermelha, com seu Comandante Guiñazu e seus soldados colocando ordem no Goiás, quando o avistamos... Dessa vez ele vestia vermelho, tratava-se de um dos nossos. Era mulato, bebia cerveja, sentava-se ao lado de um alemão, os dois falavam alto, mas ele se exaltava mais. O Internacional não fazia bom jogo, se defendia bem mas errava muitos passes, chutava pouco, enfim, jogo difícil, mas ele empurrava a equipe e apesar de estar a pelo menos uns 1239 kilômetros de distância jurava que podia ser ouvido pelo Tite!

-"Tite!!! Coloca o Nilmar!! (sendo que esse se encontrava em Porto Alegre poupado para a partida contra o glorioso Coxa.)"
Impressionante mesmo era o desequilíbrio de emoções, em um momento vociferava dizendo para o Taison passar a bola, com raiva, lamentação olhos injetados... e no momento seguinte se abraçava ao alemão ao seu lado dizendo:
-"Pô Alemão, mas tu ta bonito com teu uniforme novo!", e os dois caiam em gargalhadas rasgadas, "hhhrrruuuuaaaaahhrhruuaarhhhuua!!!!!!!", que podiam ser ouvidas lá do Asun.

Em dado momento percebi que ele falava muito com o alemão e dizia assim:
-"Pô Nenê!!! Não deu Nenê!!!" e novamente caiam os dois na gargalhada. Até então eu pensei que Nenê fosse seu companheiro de manguaça. Foi quando minha patroa me cutucou e apontou um senhor mais velho que desfilava a nova camisa dourada do Inter (muito bonita diga-se de passagem) com uma escritura atrás logo acima do número 5, e qual não foi minha surpresa quando notei que dizia ali "NENÊ". Entao era isso!!! Os beberrões zombavam daquele senhor! Um senhor respeitável, com sua filha e sua patroa!!! E eles zombavam do cara!! A qualquer jogada ruim do Inter era um "Bah Nenê vâmu de novo! wwwrrrhhhuuaaa rrruuuaaaa rrruuuuaaa!!!!", quando o Coxa atacava era, "É agóóouuuraaaa Nenê!!!!! wrrruuuaáááá Ruuuuááá ruáaá!!!!", e assim foi.

Os Zés são assim, pessoas sem coração, românticos num instante e no outro bastardos que só querem gargalhadas embriagadas.

O ápice se deu quando do gol do Internacional. Apesar de tudo ele era um colorado, um Zé, masum colorado. Quando o Cordeiro cruzou e o Taison cumprimentou o bom goleiro do Goiás, Harlei, tirando o zero do placar todos gritaram, saudaram, se abraçaram, mas ele não. Ele era um Zé.

No momento em que percebera o auge da partida ele fervorozamente se levantou de sua cadeira da "Skol" correu para a parede e urrou, numa estranha forma de comemoração urrou para a parede, como se berra para um adversário, sabe? Quando a gente vibra pra torcida adversária, vai até a grade depois de um golaço e vibra "ÉÉÉHHHHHHHH!!!" com todas as forças de nossos pulmões. Pois aquela parede nunca viu um berro mais raivoso! Eu pensei que naquele momento a parede fosse desabar, tamanha a raiva contida naquele urro! Incrível! Não fosse uma parede bem construída teria caído, sim teria. Ele ficou por 5 intermináveis segundos berrando contra a parede, lembra do Dunga quando bateu o pênalti em 94? Foi assim, o soquinho do Dunga, lembra?? Mas ele usou os olhos. Olhos inflamados pela cana, olhos vermelhos de ódio, olhos inchados pela cachaça! Impressionante! Um olhar que derrubaria o Júnior Baiano! Mas a parede não caiu, e depois dos cinco intemináveis segundos ele se voltou para onde estávamos como se nada tivesse acontecido, como se tivesse ido ao toillete (banheiro em francês), e para nossa surpresa reconheceu nosso vizinho de mesa, era seu conhecido de anos.

-"E aí cara!!! Não acredito! Que tu tá fazendo por aqui?" perguntou o nosso vizinho de mesa quase se escondendo de vergonha por conhecer aquele Zé.
-"Pô vim passá o findi com o meu cunhado! Ele tá bunito com esse fardamento novo hein!?" e apontou para o alemão que prontamente o abraçou com carinho.
-"Aê, olha ae o presente que o cunhadão me trouxe!" disse o alemão apontando pro Zé e novamente abraçando-o afetuosamente.
-"Bacana, bacana, e o Inter hein!? Que beleza..." disse avexadamente nosso vizinho de mesa, e enquanto isso sua senhora o perguntava: "- Tu conhece de onde isso aí?", "-Ahh, lá de Cachoeirinha...", a resposta vaga não foi bem aceita pela esposa, mas ele continuou firme assistindo à partida...

Nosso Zé então se voltou para o coitado do Nenê... "-Olha aí Nenê!!! Não te falei!???? O Taison é fooda!!!", e o coitado do Nenê se fazendo de salame pra não esbofetear o Zé, e continuou assim até o final do jogo.

Nesses momentos eu paro pra pensar.

Zé é um estilo de vida, disso todos nós sabemos, mas como chamaremos as vítimas do Zé? Como serão conhecidos aqueles que são parados na rua por aquele bêbado chato? Como será chamada minha vó quando o Clean Zé chega na frente de sua casa e começa uma interminável conversa sobre sua namorada Pepé? Como será chamado o Duca, que naquela inesquecível passagem com o Gil o chamou de bosta, e depois de um bom vizinho??? E nós que sempre temos que aturar as mudanças de idioma do Dirty Zé?

Seremos a partir de agora conhecidos como Nenê!!!!!

O que vocês acham?

domingo, 10 de maio de 2009

Não foi dessa vez!!!!!

-Futebol de belíssima qualidade!
-Jogadas incríveis!
-Passes nunca antes vistos!
- Petardos indefensáveis, e tudo mais que um grande jogo nos proporciona!

Não, isso não aconteceu no primeiro jogo da gurizada. Nada disso é a realidade do nosso jogo e, diga-se de passagem, nunca foi, mas mesmo assim jogamos com toda a vontado e disposição que tínhamos. Jogamos com nossos corações, doamos nossas almas na partida, utilizamos nossas armas (alguns quase que literalmente utilizaram armas) e mesmo assim não alcançamos um nível nem mesmo decente de futebol.

Bom, apesar de tudo, continuo com esperanças! Sim! Eu sou crente! Eu acredito!

Um dia o nosso querido R. Saja (a mocinha do Renato quer ser chamado assim) não protagonizará aquela pataquada.

"Bola com Henry, tocou para Juliano, Juliano recebe, faz a volta, passe curto para Fabio, tocou para não sei quem, chutou... o chute saiu fraco e sem direção, a bola vai saindo, R.Saja se abaixou apenas para ligar o contra-ataque. Mas a bola escorregou de sua mão, passou por entre suas pernas, que ridículo, ela vai entrando, Saja olha pra bola entrando e tenta se atirar pateticamente em cima dela... ela vai passando, muito devagar... e é gooooooooooooooollllll, um dos mais ridículos do mundo!!!!! Saja protagonizou uma jogada mmmuuuuiiiito canalha!!!!!!! Saja, abre teu olho e fecha essas pernas menino!!!!!!"
( Narrado pela Big, infelizmente não temos a gravação pois R. Saja conseguiu pôr as mãos na máquina fotográfica... ela escapou de suas mãos mas se espatifou no chão e perdeu-se a narração da jogada mais feia do mundo.)

Tudo bem, foi um momento que me deixou um tanto nervoso, mas essa foi uma das únicas alegrias dessa noite, essa jogada e o Guidje parecendo uma criancinha no banco de trás do meu carro perguntando "já chegamos papai??", sentado no colo do Dudinha com o Juliano e o Renato ainda a dividir um espaço destinado a três pessoas (com o Duda eram oito no banco).

Novamente fui alvo de uma armação! Fabio o inescrupuloso, ao escolhermos as equipes, me deixou sua arma secreta (no meu time), seu nome??? Não sei. Sua idade??? A julgar pela aparência 34 anos. Seu peso? Pelo menos 120 quilos. Seu forte? Perder todos os gols do mundo!
Cara que guri ruim! Mas não ruim que nem o Guidje, o ruim maluco. Não também como o Ivan, o ruim "Fome". Não também como o Saja, o ridículo engraçado. Nem tampouco como eu, o ruim "metido a boleiro". Não, não e não, esse era demais!!!! Sua ruindade passou dos limites, como diria meu irmão: -"U limite tá aqui, esse aí tá demais..."

Ele vestia um fardamento do Grêmio, e quando adentrou o gramado, no lugar de seu amigo eu pensei: "Pô, esse gordinho deve joga alguma coisa, ele parece comigo quando eu era mais novo". Me enganei.
Eu deixei o menino pifado, sabe pifado? Pifado! Umas três ou quatro vezes, e sabe o que ele fez? Não? Nem eu!!!!
O diabo do guri fez alguma coisa inexplicável, alguma coisa de outro mundo, alguma coisa digna de... de... de... puta merda tô sem palavras, foi incrível! Sem goleiro, sem zagueiro, em cima da linha, na frente do gol... Pelamordedeus!!!! O cara conseguiu!!!!!
Obrigado Fabio! Obrigado por mais esse majestoso craque que tu apresentastes ao nosso futebol.


Além desses dois, tivemos os bêbados Henry e Tchutchuca (pô Henry, foi mal pela pancada), tivemos Pedro (o Ronaldo dos Pampas, mas sem saber jogar), tivemos também as clássicas correrias do Guidje, o Muralha da Tinga fechando o gol (com suas fundações bem enterradas na terra, pois não se mexia nem com reza braba!), e toda aquela magia que só o futebol da gurizada pode nos proporcionar.
Me despeço dos senhores agora desejando uma boa semana. E mais, se preparem! Semana que vem tem mais!

PS.: Se algum mocinha se sentir de alguma forma magoadinho comigo pode postar sua réplica aqui, clicando em salgadinhas.
Obrigado, tchau!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Olha o Naipe!!!!!!!!!!!!
Quando eu digo feios é isso ae que eu quero dizer!

Desilusão, desilusão... Danço eu, dança você, na dança do salgadorrãozão!!!

Amigos blogueiros (homo não?), neste sabadão será iniciada a temporada 2009, agora com horário marcado, do futebol da gurizada! Uma temporada de muita insanidade, jogadas cretinas, jogadores estranhos, tentativas insensatas de marcar tentos, muita rabugice e caras de rabo após as peleias.

Eu me pergunto após cada uma dessas apresentações bizarras:
-"Deus! Por quê me presenteastes com tantos caras de beleza duvidosa e indiscutível falta de senso do ridículo????!!!"
E é então que me lembro da história de Jó (como os senhores bem sabem eu nao sou um cara muito religioso, mas essa eu li em um livro esses tempos e me fez pensar). O Seu Jó era um cara faceirinho faceirinho, tinha uns 7 filhos, umas mil cabras e um monte de bois, e Deus era muito orgulhos porque o cara era muito fiel e tal... Foi quando o Diabo (não o nosso amigo Jajá que se assemelha ao Coisa Ruim), disse pra Dedeu (apelido carinhoso de Deus): -"Dedeu, esse cara só tem fé porque tá granducho! Tira as coisa deli pa tú vê!"
-"Tá loco Didi (apelido do Diabo), o cara é dos meu afú!"
-"Então vamo aposta?"
-"Vamo então"
Foi então que Didi tirou todas as cabras e os bois do Seu Jó, mas ele seguiu muito fiel.
-"Tô falando rapaiz, o cara é firmão mêso", disse Dedeu.
-"Mai eli ainda tem a famíglia, tira deli pa tu vê!", respondeu didi.
-"Caralho, mas tu qué é quebrar as pernas do cara!", disse dedeu consentindo o pedido de didi.
Foi o que aconteceu, todos os filhos do Seu Jó morrerim, mas ainda assim ele continuou firme em sua fé.
Foi quando Dedeu ficou brabo, -"viu seu bosta, eu disse que o cara era firmeza, agora pára de azucriná!".
E Dedeu recompensou Seu Jó com o dobro de filhos e o dobro de cabras e de bois.
Moral da história: Tendo fé a coisa vai!

Bom é nessa pequena história que eu me agarro pra suportar as corridas sem nenhuma objetividade do guilherme, os chutes sem nenhum perigo ao gol adversário do nosso amigo Carlos, as bolas açucaradas que o Dudinha entrega no pezinho do jogador da outra equipe, os 12.345 lançamentos iguais (todos errados) do Fabio, os 230 kilos extras que o Teta não consegue perder de forma alguma, os 0 passes dados pelo Léo (nunca passou uma bola pra ninguém) e a já batida pancadaria escrachada e alucinada do Cavanha. A história de Jó pode acontecer comigo, e é isso que me faz continuar: A fé em que um dia o nosso futebol será vistoso, com disputas enérgicas, mas na bola, com golaços, ms não contra, com lançamentos perfeitos, mas não para o adversário e finalmente, sem a chamada P.A. (perna de anão) prática tão disseminada nas partidas da gurizada.

Sendo assim, desejo a nós todos muito boa sorte e algum brilhantismo no futebol da gurizada.

Que Dedeu tenha piedade de nossas canelas!!!

domingo, 3 de maio de 2009

Sentimentos!

Ta aí!

A motivação? Inveja, raiva, dor de corno, todas essas, algumas outras... Não importa!
Vou contar a história:

-"Dae mano, vou publicar nossos textos!"
-"Pô bala! vamos colocar tudo no Orkut!"
-" Não, não... Vou fazer um blog pra gente! É mais legal e blábláblá...!"
-"Bah irado! vou escrever várias crônicas, muitos contos e tal..."
-"Isso ae!"

Foi então que sua facada foi desferida. Profunda e irremediavelmente, no rim (o senhor já tomou facada no rim?). Mas acabou comigo, fui traído pela web.

Meu amigo fez um blog pra "ele", ou seja eu estava fora. Eu estava excluído, minhas expectativas frustradas, minhas esperanças de reconhecimento por textos incríveis (que eu escreveria) acabadas e minha chance de ganhar o Nobel de literatura Internética destruída.

Não ficaria assim! Eu reagiria! Eu seria São Jorge contra o dragão, eu seria Davi contra Golias, eu seria Tyson contra a orelha do Hollyfield, enfim, eu me vingaria!!!!! Aqui estou! Quem com Blog salga, com Blog será salgado!

Mas agora, depois que minha vingança virou realidade percebo o quão maravilhosa foi essa traição. Aqui está minha esperança renascida, meu sonho reaparece, como uma manhã de sol depois da noite de tempestade, como a Fênix que ressurge das cinzas, como o Grêmio, que sofre para bater o pífeo Náutico na batalha dos aflitos, como o Cavanha, que depois de um drible desconcertante volta à carga e aplica uma tesoura por trás em seu adversário!
Aqui nesse Blog minha carreira meteórica de escritor despontará! E tudo isso graças a uma traição, isso mesmo a pedra que se colocou à minha frente será utilizada para a contrução de uma brilhante catedral de pensamentos!

Tá bom, tá bom, chega de frescura!
Senhores, vamos às salgadas!