domingo, 14 de junho de 2020
AMÉM
Tudo já foi escrito
e PONTO FINAL.
Não estou falando
de destino, me entenda bem. Não acredito nessas coisas. Falo de
literatura.
Os caras já
descreveram tudo…
...E eu me encontrei em uma destas situações já escritas em outras páginas, vividas por outras personagens recentemente.
Para variar, dia
desses estávamos, alguns amigos e eu, discutindo política e eu
disse que o que está acontecendo agora já se passou algumas vezes
na esteira da história, sendo lindamente descrito em quadros
coloridos de sangue e carne, cheios de cheiros de vida e morte por
monstros sagrados das palavras.
Briguei com um desses amigos pelo WHATS…
Obviamente por
diferenças de ponto de vista político.
O cara falou alguma
coisa, eu falei outra, os tons subiram, e eu saí do grupo. Ele me
chama no privado, diz que eu exagerei, pede desculpas se tivesse se
expressado mal, eu o desculpo mas digo que não tem como ser a mesma
coisa, este tipo de bobagem super séria…
Tu já deve ter
passado algumas vezes por isso.
Buenas.
Alguns dias depois
lendo esse livro, me peguei pensando: Como eram as discussões por
posição política pelo correio? Já pensou?
Hemingway e Dos
Passos eram dois ícones da literatura norte-americana em meados de
39, logo antes da Segunda Guerra divididos pelo Atlântico. Depois de
anos de admiração mútua, afeições, ideários políticos
semelhantes e amizade profunda, se desentenderam.
Durante a Guerra
Civil Espanhola, na qual os dois estavam metidos até o pescoço, se
viram em posições distintas sobre crenças ideológicas. Um
ferrenhamente encantado pelo comunismo Stalinista e aceitando o pulso
de ferro do ditador, enquanto o outro mais ligado aos rebeldes
independentes que não percebiam sua inocuidade naquele cenário,
trocavam farpas pelo correio, Hem da Espanha, ainda acompanhando o
desfecho das lutas e Dos Passos já nos EUA assistindo impotente uma
derrocada já anunciada.
Imagina a raiva
acumulada entre o envio de uma carta e o recebimento da resposta!
E mais! Não tinha
como sair do grupo…
Acho que o WHATS
nos alivia anos de somatização de raiva.
Alguém tem um amém
aos ALGORITMOS!?
AMÉM.
sábado, 23 de maio de 2020
Estufou, ou foi na lua? |
Bate-pronto
Tu conheces o lance.
A
bola vem lá de cima, na sobra de um escanteio, e quando mal encosta
no gramado, o cara solta uma patada!
Quando
o cara pega na veia, estufa a rede!
Quando
pega “de revesgueio”, com dizemos por estes pagos, vai lá no
anel superior do estádio.
Não
é normal um craque bater de bate-pronto. Normalmente o craque
“finge” o bate-pronto, coloca ela macia no grama já fitando o
adversário, ajeita o corpo e coloca como se fosse com a mão,
normalmente na gaveta.
Bate-pronto
é coisa de VOLANTE!
A
bola sobra do escanteio e ele vem correndo enlouquecido lá do
círculo central, completamente cego, dentes e punhos cerrados…
Nem
pesa.
Só
age.
TUM.
Uma
paulada…
Por
vezes acerta o gol. Golaço!
Normalmente
na lua!
E
foi isso o que me surpreendeu.
Hoje
eu estava escutando rádio.
Qualquer
bobagem enquanto cozinhava, quando um dos caras começou a dar dicas
de filmes no NETFLIX. Três filmes com dilemas éticos. Não lembro
dos outros, mas no último, o enredo era de um pai, cujo filho tinha
uma doença grave e estaria para morrer. Desesperado, o pai leva o
filho a um curandeiro que diz poder salvar a criança, desde que o
pai MATASSE uma pessoa…
“EU
MATO”, respondeu de bate-pronto um dos participantes do programa.
Assim.
Sem pensar.
Olhos
fechados, dentes cerrados.
Uma
paulada.
Para
minha surpresa, não era um volante…
Era
o David Coimbra.
Aquilo
me bateu.
Não
pelo fato de ele aceitar matar alguém para salvar seu próprio
filho…
Por
isso é um dilema ético. Alguns vão concordar, outros discordar,
normal…
Mas
um dilema ético pressupõe discussão interna, pensamento, balanço das
opções, enfim, incerteza.
Essa
falta de incerteza me assustou.
Ele
me pareceu um volante brucutu. Nem pensou, só bateu.
Na
minha opinião, o David Coimbra sempre foi um grande jogador. Um meia
clássico. Cheio de truques no repertório, dribles e fintas, viradas
de jogo…
Foi
um dos meus escritores favoritos na adolescência, importantíssimo
na minha formação como leitor… Ele tem livros incríveis!
Por
isso a minha desilusão.
Muitas
vezes discordei de seus posicionamentos políticos, acho isso
saudável, a aceitação cega de posições nunca é interessante,
porém nunca deixei de admirá-lo como escritor.
Mas
esse BATE-PRONTO…
Se
um cara tão culto e lúcido fecha os olhos e bate do jeito que a
bola vem…
Uma
bola difícil, “de revesgueio”, uma bola cheia de efeito…
O
que esperar de um volante, que nunca deu um drible, só faz o feijão
com arroz?
E
o zagueiro?? Que aprendeu que se ele não bater vai para o banco?
Eu
espero mais dos nossos pensadores.
Onde
estão os meias?
O dilema e a ilusão morreram?
Não
produzimos mais meias pensadores?
Eu
espero que os nossos meias NÃO FECHEM OS OLHOS na hora de bater.
terça-feira, 23 de outubro de 2018
Sobre idiotices
Por enquanto eu penso em alto e bom tom
leio, escrevo, discuto me manifesto
a palavra ainda é pássaro livre com asas abertas
Até minhas idiotices são bem vindas
e esse vento funesto não passa de brisa
o passado "ainda" é roupa velha que não nos serve mais
Mas, se por acaso, as cores sumirem e as botinas baterem no asfalto
mesmo que em desalento
guardo a camisa colorada
sigo guiando meu mundinhoaté que o fundo do poço suba cá no alto
Ainda não inventaram uma máquina capaz de ler pensamentos
esqueçam que (re)existi
pensando e vivendo em paz
Ensaio sobre a surdez
Quando pensei
Achei que ninguém ouviria
Aí Sussurrei
E Tu achaste engraçado
Então
GRITEI
Mas tu não quiseste Ouvir
Quando eu (quase) não falava
Tu tentaste me escutar
E quando eu não podia mais dizer
NADA
Tu só podias
Lamentar
sexta-feira, 3 de agosto de 2018
A página 246 me apunhalou
Estou há mais de três meses claudicando na leitura da biografia do Gandhi. Não que seja uma história das mais chatas, bem longe disto, o cara teve uma vida extremamente interessante e maluca, mas o escritor desta edição que eu tenho (Louis Fischer) não conseguiu me cativar a ponto de eu querer acabar logo. Então fico nessa de ler duas páginas, cair no sono profundo, ler mais duas e ser fisgado pela grande emoção de um passarinho passando pela janela, mais três e filosofar sobre o tempo passando por debaixo do armário... coisas assim.
Li outros dois livros muito mais divertidos antes de conseguir fechar pela última vez o "Gandhi", "O pistoleiro" do Stephen King e "A Elegância do Ouriço" da Muriel Barbery, outra hora escrevo sobre esses dois (ou nunca).
Mas a página 246, em uma manhã de sábado chata pra caramba, me apunhalou:
..."entrevistar Jinnah era como ficar a ouvir um disco fonográfico quebrado; não havia argumentações, nem assunto; apenas infinitas repetições de lemas, tais como: Os Hindus e Os Muçulmanos são nações separadas; Gandhi quer o Hinduraj (estado Hindu); O Paquistão deve ser criado. Este fanatismo unilateral, esta paixão não-raciocinante, este ódio ilimitado - tudo reunido numa pessoa não suspeita de motivos egoísticos- exerciam um fascínio enorme sobre o espírito de pessoas cuja vida dura e cujas frustrações as tornavam presa fácil de objetivos simples, carregados de emoção: Os Muçulmanos devem possuir seu próprio país; os Muçulmanos governarão os Hindus e os Sikhs, em vez de serem governados; que se retirem os Hindus mercadores, industriais, lavradores e funcionários públicos. As vítimas de Jinnah ignoravam, exatamente como ele, a matemática das minorias e as considerações de ordem prática. Jinnah dava-lhes um estandarte intoxicante: o Paquistão. Ele pensava exclusivamente em conseguir o Paquistão; não pensava nunca nos problemas do Paquistão. Com efeito, durante os primeiros poucos anos depois de ter esboçado a ideia, recusou-se até a indicar os limites territoriais do Paquistão. Quanto menos concreto o plano, tanto mais fascinante ele se fazia, e tanto menos atingível se tornava à crítica. A situação era um paraíso de fanático."
Contextualizando:
Este menino Jinnah, era um opositor político das ideias de Gandhi em um momento de ruptura da Índia com a Inglaterra. Enquanto Gandhi queria uma Índia unida com todas as diversas religiões que ali existiam convivendo harmoniosamente e tendo representatividade equânime no parlamento a ser criado, Jinnah queria o desmembramento do Paquistão para que os Muçulmanos se auto gerissem depois que os Ingleses fossem embora.
Obviamente a história não é tão simples assim (só simplifiquei para que quem fosse ler não dormisse, como eu fiz).
Quando li este trecho me bateu uma vontade maluca de discutir minhas posições políticas com alguém, e como a Nega Véia não tem pra onde fugir, fui nela!!
Logo depois de ler, ela teve o mesmo pensamento que eu tive: Troca-se o "nome" Jinnah por Bolsonaro e o "sonho do Paquistão" por Brasil forte e livre de corrupção! Pronto. O texto faz total sentido para o momento atual das eleições presidenciais.
Mas...
E tem sempre um "mas" em tudo.
Eu fiz o papel de advogado do diabo.
E se trocarmos o nome "Jinnah" por Lula e o sonho do Paquistão por "igualdade"?
Outro dia estava ouvindo o programa do Reinaldo Azevedo no rádio (não que eu concorde com a linha de pensamento dele, mas como dizia meu avô: -A gente tem que ouvir pra poder criticar) e em dado momento ele diz: "um governo que fala em igualdade, dentro do sistema econômico capitalista em que vivemos é demagogo". É uma obviedade. Mas as obviedades têm que ser ditas.
Como esses dias me disseram que eu tinha sofrido lavagem cerebral, ando desconfiando das minhas certezas e conceitos.
Eu sempre fiz a crítica aos governos do PT. Acho que em algum momento -talvez movido pela sede de poder, talvez pelo imediatismo de fazer as mudanças tão almejadas pela grande massa que elegeu o partido, talvez influenciado pelo modus operandi dos partidos coligados- ele deixou a ideologia de que o trabalhador deve ser o personagem central da máquina estatal, fazendo conchavos com os grandes conglomerados empresariais que obviamente iriam cobrar a conta em algum momento, abrindo espaço para antigas lideranças políticas muito nocivas o país, etc...
Do meu ponto de vista perdeu-se o momento ideal para uma revolução na vida do Brasil, por ter um governo de esquerda com a população totalmente favorável à mudanças drásticas
Apesar disto, ainda foi o governo (durante meu tempo de vida e que a história recente do Brasil conta) onde tivemos a melhor condição humana, financeira, educacional, de possibilidades e de igualdade. Então pra mim, o sonho da igualdade apesar de eu saber, utópico, continua vivo.
Enfim...
Este texto não tinha a finalidade de explicar nada e sim de colocar pulgas nas orelhas.
As minhas estão cheias! Aliás...
Quanto mais livros eu leio, mais bagunçados ficam meus pensamentos...
Acho que vou começar a fazer como alguns amigos meus: só vou ler o que aparece na minha Time Line!!!!
Eles parecem muito mais crentes nos seus próprios conceitos e certezas do que eu!
sábado, 23 de junho de 2018
Só futebol...
Ele nasceu no Kosovo.
Sua família percorrera caminhos tortuosos, passando por diversas fronteiras até alcançar a tão sonhada paz.
Aliás, paz não, distância da guerra, já que um refugiado nunca encontra realmente a paz. Chegados à Suíça, seus pais e ele conseguiram sobreviver devido ao acolhimento recebido de alguns, da solidariedade de outros, do trabalho arranjado aqui e da força de vontade característica daqueles que fogem das contendas que vitimam seus irmãos.
Anos depois, já homem feito. Realiza uma façanha, com uma multidão espalhada pelo mundo assistindo.
Ele chegou até ali lutando. Contra a pobreza no início. Contra o sistema que o hostilizava depois, e enfim contra os adversários no campo. Mas para ele a luta era normal. Desde pequeno sabia o sabor amargo da derrota. Nunca se deixou abater por uma porta fechada ou um "não" à queima roupa. Sua história mostrava que ser forte era a única saída para continuar vivo.
Eles estavam sendo vencidos. A derrota caminhava a passos largos na sua direção. E de repente, parecendo uma dádiva divina, um pequeno milagre, ele recebeu a oportunidade da virada. De frente para a vitória, carregando toda a carga de uma nação não reconhecida, carregando nas costas a sua história de quedas e novos começos, ele conseguiu. Triunfou.
Não sou um especialista em geo-política. Nem tenho a pretensão de me colocar do lado da Albânia ou da Sérvia na questão da Guerra do Kosovo.
Mas este gol... Esta comemoração...
Uma explosão de uma vida inteira (algumas vidas, na verdade) colocada em um gesto de 2 segundos.
As mãos entrelaçadas sobre o peito em alusão às duas águias negras presentes na bandeira Albanesa.
Um gesto tão carregado de sentido, que eu não conseguiria descrever em duas mil páginas.
O que te faz chorar? O que te emociona no nosso mundo?
Hoje eu estava lendo uma matéria sobre essa comemoração de gol para a minha esposa e não consegui terminar nem o segundo parágrafo. As lágrimas brotaram apesar do meu esforço para manter a aparência de distanciamento e insensibilidade. Minha voz simplesmente se recusou a sair e eu não fui capaz de acabar a leitura.
O que te emociona?
Enquanto ela lia o final da história, eu pensava em tudo o que se passou do momento da saída da família do Kosovo até aquele chute. Pensei na Clara, no meu pai, na família caminhando a esmo sem a certeza da próxima refeição, na vergonha do não pertencimento a lugar nenhum...Toda essa energia acumulada por anos, despejada em uma bola. Um chute. E a emoção.
Um amigo me falou na sala dos professores:
-Não sei o que tu vês no futebol... É só um jogo. A Copa faz as pessoas deixarem de ver o que é importante!
O que é importante?
Um jogo nunca é só um jogo se nós sabemos ler nas entrelinhas.
domingo, 1 de junho de 2014
Universo Paralelo
Acho que eu tenho vivido em um Universo Paralelo.
Andei conversando com algumas pessoas do meu círculo social e, apesar de aparentarem ótimo estado de saude, boa estabilidade mental, vida financeira tranquila e afetivamente bem estruturados, se queixam corriqueiramente de tudo o que é possível. "A vida está horrível, os preços estão absurdos, a pobreza é gigante, os políticos são corruptos, ninguém quer nada com nada, a chuva é muito molhada, o sol é muito quente, etc, etc..."
Ontem a noite saimos, a excelentíssima e eu, para caminhar pela Cidade Baixa, cumprimentamos o morador de rua que vive próximo ao nosso prédio (que como sempre nos cumprimentou de volta com muita educação, apesar de ser negro, pobre e usuário de crack), caminhamos pela João Pessoa, passamos em frente a um prostíbulo conhecido e frequentado pelo alto escalão da sociedade Porto Alegrense e finalmente chegamos à Lima e Silva. Estranhamente não fomos assaltados, esfaqueados, sequestrados, degolados, nem nada do tipo.
Me assustei, pois havia conversado com várias pessoas que me fizeram relatos horripilantes de que haviam
presenciado (pela televisão) a ruína da sociedade Brasileira. Haviam visto milhares de usuários de drogas nas ruas roubando, se prostituindo, matando e tudo o mais terrível por mais uma dose. Mortes de crianças com consentimento de seus pais, mesmo estes médicos e com o aval dos tribunais. Jovens fazendo sexo nas ruas, pessoas agonizando nas filas dos hospitais...
Pensei realmente que havia entrado em outra dimensão. Havia já alguns dias que pensava isso, pois no mundo em que eu vivo (e sou professor em dois municípios do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil) não vejo um assassinato na rua desde que me conheço por gente, nunca fui assaltado, não vivo em completa miséria nem fui mal atendido em hospital nenhum (aliás, tenho ouvido de gente que precisou mesmo de hospitais, coisas até muito boas). Será o café que eu tomo toda manhã tem alguma substância alucinógena (colocada por esses petistas sem vergonhas) que não me permite ver a verdadeira face tenebrosa
de nossa realidade?
Da minha janela (que mostra a rua e não a janelinha por onde a maioria vê o Motta, o Pânico e o Fantástico) eu consigo ver a maioria dos meus amigos (que são jovens) empregados, ganhando provavelmente mais do que seus pais nesta mesma fase da vida. Milhares de prédios sendo construídos para todos os lados (e gente comprando estes apartamentos). Carros pra todos os lados (muito mais do que deveriam, na minha opinião) e a gurizada indo tomar cerveja de segunda a segunda.
O governo é corrupto no meu universo paralelo. Mas nem um centímetro mais corrupto do que é há 514 anos.
A educação é fraca nas escolas públicas. Mas os professores (e estes eu conheço muito bem) dão o seu máximo (e o que mais precisar) pra formar seres humanos mais éticos, mais educados e mais preparados pro futuro.
Os hospitais são insuficientes no meu universo paralelo, mas com uma sociedade de fumantes, obesos e sedentários não poderia ser diferente.
Existem muitos moradores de rua (e muitos não são bandidos, apesar de não terem onde se abrigar), mas isso é um reflexo da sociedade que gira em torno do capital existente em todos os países do mundo.
Acho que ainda teremos que esperar para ter uma sociedade equilibrada e com direitos iguais, mas 514 anos de exclusão dos pobres, benefícios para as mesmas famílias, distribuição de renda nula e possibilidades educacionais totalmente diferentes entre raças e faixas salariais não se mudam em 12 anos de governo (quase) de esquerda.
Bom, na vida real mesmo, em que a maioria dos meus conhecidos vive, há várias coisas que podemos fazer pelo Brasil:
1- TORCER PARA A ARGENTINA GANHAR A COPA! POIS ELA (A COPA) É A GRANDE CULPADA PELA ROUBALHEIRA DESENFREADA DOS NOSSOS GOVERNANTES (PETISTAS), E NÃO O NOSSO SISTEMA POLÍTICO SIMPLES E DE MECANISMOS TRANSPARENTES;
2- VOTAR NO AÉCIO. POIS SÓ UM HOMEM DE CARREIRA POLÍTICA EXEMPLAR, E SEU PARTIDO QUE NUNCA TEVE A CHANCE DE FAZER UMA MUDANÇA SOCIAL E POLÍTICA NO BRASIL PODE NOS AJUDAR.
3- A VOLTA DA DITADURA! POIS APENAS COM UM PULSO FIRME CONSEGUIREMOS VOLTAR AO CAMINHO DE CRESCIMENTO DO PAÍS.
4- APLICAÇÃO DA PENA DE MORTE! POIS SÓ COM UM EXEMPLO FORTE ACABAREMOS COM ESSES MARGINAIS QUE ESTRAGAM O BRASIL.
5- COMPARTILHAR SEMPRE E SEM PESQUISAR FONTES, AS COMUNICAÇÕES DA "TV REVOLTA", MESMO QUE A MAIORIA NÃO TENHA NENHUM COMPROMISSO COM A REALIDADE.
6- E POR ÚLTIMO, MAS NÃO MENOS IMPORTANTE:
SE MUDAR PARA OS EUA, LÁ É O PAÍS DA LIBERDADE (APESAR DE BRASILEIRO SER TRATADO COMO BARATA SE NÃO FOR LÁ COMO TURISTA), LÁ NÃO TEM POBRE, OS HOSPITAIS SÃO BARATOS E É MUITO FÁCIL CONSEGUIR UM BOM EMPREGO E COMPRAR UMA CASA.
SE MUDAR PARA A AUSTRÁLIA, POIS LÁ NÓS SOMOS RESPEITADOS COMO CIDADÃOS UTILIZANDO AS MELHORES QUALIDADES DOS BRASILEIROS: LAVAR PRATOS, CONSTRUÇÃO CIVIL E SER GARÇOM, MESMO COM UM TÍTULO DE DOUTOR EM DIREITO OU ADMINISTRAÇÃO.
OU SE MUDAR PARA A EUROPA, ONDE TEMOS A MELHOR QUALIDADE DE VIDA DE TODAS (MENOS EM PARIS, QUE SE TU FOR MEIO ESCURINHO SÓ PODE VIVER NA PERIFERIA, OU EM LISBOA, QUE SE TU FOR DE ORIGEM ÁRABE TU TEM QUE VENDER MACONHA NA RUA PRA SOBREVIVER, OU EM BARCELONA, QUE SE TU FOR POBRE VAI TER QUE TE PROSTITUIR PERTO DO PORTO, FORA ISSO TU É UM REI!)
No meu universo paralelo a única saída do Brasil é que cada Brasileiro assuma o seu papel de cidadão pensante.
Mas já percebi que fazer as coisas certas, trabalhar sem choramingar e não ficar colocando a culpa de tudo no governo é coisa de alienado.
EU VOU TORCER E MUITO PELO BRASIL NA COPA!! E VOU TORCER PRA VOCÊ LER ISSO E PERCEBER QUE O MUNDO É MAIS LEGAL DO QUE O MOTTA, A GLOBO E A TV REVOLTA QUER QUE VOCÊ PENSE. E NO MEU MUNDINHO, VOCÊ VAI TIRAR A BUNDA DO SOFÁ, VAI DAR UMA CORRIDINHA, PARAR DE FUMAR, NÃO VAI MAIS FURAR O SINAL VERMELHO, VAI PAGAR O QUE DEVE DE IMPOSTO DE RENDA, VER O QUE O
CARA PRA QUEM TU DEU TEU VOTO NA ÚLTIMA ELEIÇÃO ESTÁ FAZENDO E AINDA VAI PERCEBER QUE EU AINDA TE AMO COMO SER HUMANO MESMO QUE TU ODEIE TODA A VIDA QUE TE RODEIA.
Um abraço.